domingo, 5 de dezembro de 2021

Temporada no Panamá - parte 3


A Temporada continua

 


Amigos da Pirataria Alada...meu cordial “Hola!”

A Temporada continuou , e acabou

Antes que a temporada continue, por dever de justiça em prol da verdade, devo esclarecer que o “Sean Pirate” que encontrei no hotel de Santiago de Veraguas, na parte 2 daTemporada, não era o “Sean Connery” e muito menos se chamava “Sean Pirate”. Isso foi uma vontade irresistível deste autor de criar uma situação “baseada em fatos reais... sem compromisso com a verdade” (coisa de pirata). Esclarecimento feito, fato é , que o cara era parecido com o Sean Connery. Ele se chamava John e era piloto de Bell HH-1K IROQUOIS ou "Huey” (para os íntimos), veterano da Guerra do Vietnã , na US Navy . Isso nos aproximou. 

Me apresentei como veterano “Lince Lider” . Ex-Comandante e piloto de Super Lynx do Esquadrão de Ataque da Marinha do Brasil. A partir daí passamos a nos comunicar em um único idioma: “a linguagem dos Piratas”. 

O John conhecia tudo da região e se dispôs a me ajudar no que fosse preciso. Fizemos um sobrevoo do Arquipélago de Coíba, quando ele, de copiloto, me apontou os melhores locais para caça submarina. No regresso me apresentou o “cara” local que sabia todos os segredos dos “pescados” panamenhos. Vimos na Tv Brasil 5 X 2 Costa Rica (nossa vizinha próxima, naquele dia). A noite saímos “descapotados” na Corvette prateada dele, para curtir a noite de Veraguas. No dia seguinte me passou vários detalhes sobre o Arquipélago de Boca del Toro no lado Caribenho.
 
Me indicou, no mapa, que no setor leste do Panamá era mais fácil de ultrapassar a Cordilheira, com montanhas mais baixas que as da região oeste. Recomendou cuidado no deslocamento para Boca del Toro e depois, voo litorâneo para San Blas. Nos deu carona (Junior e eu) na Corvette até o “Aeropuerto Rúben Cantú” de Veraguas. Nos despedimos e decolei com a agradável sensação de ter feito amizade com um verdadeiro “pirata alado”.

Fizemos um voo agradável de 1 hora até o “Aeropuerto Internacional José Ezequiel Hall” de Boca del Toro. Antes do pouso , num sobrevoo sobre a região percebi que era mais turística que Del Rey. Não me pareceu que agradaria aos caçadores de peixe. Havia muito “turista” e nenhuma ilha deserta com ermitões. A região é linda , mas fugia ao objetivo do patrão.

Pernoitamos, colhemos informações turísticas e de apoio a um Iate de 98 pés, abastecemos no aeroporto e decolamos para San Blas. Foi um voo marinheiro, por cima do Mar do Caribe, de 1hora e meia com o bom e velho vento leste de 20 nós nos segurando. Pousamos no Aeropuerto Internacional Enrique Adolfo Jiménez de Colón (de tristes recordações), abastecemos e decolamos para San Blas, “praiodrômico” observando todos os detalhes da linda região.



 Pousamos no pequeno Aeroporto “Corazon de Jesus” que na época, não havia QAV (querosene de aviação) para nos abastecer, mas tinha uma perfeita posição estratégica. Dali , teríamos autonomia no Colibri para atingir um ponto da costa da Colômbia sobre a água , sem sobrevoo do perigoso terreno dominado pelas FARC e seus tiroteios. Isso viria a ser muito útil no regresso. 




Encontramos um simpático Hostel de cabanas na Ilha de Nargará, ao lado da ilha do Aeroporto. Pegamos um “barco taxi” e lá nos hospedamos. Colhemos muitas informações sobre pescaria no local. Também era uma região turística no Mar do Caribe e ficamos por lá até assistir na tv Brasil 2 X 0 Bélgica. Estávamos nas “quartas de final”. Iríamos enfrentar a poderosa Inglaterra, mas, a minha preocupação maior era o planejamento para regressar para o Brasil , passando ileso pela Colômbia.

O dia seguinte amanheceu perfeito para um teste que imaginei. Voo direto de Corazon de Jesus, para Tocumen, sobrevoando montanhas mais baixas evitando o proibido Canal e sem necessidade de ficar “guardado”, novamente. Seria um voo de 40 minutos , e foi. Criei no GPS uma rota a baixa altitude passando pelos vales entre montanhas mais altas do caminho, marcada por guinadas nos WP (way poits) criando um corredor visual. Criei um ponto de pouso para abastecimento por galões, na costa Caribenha do Panamá de onde poderia atingir a Costa noroeste Colombiana sobrevoando o mar, sobre o Golfo Caribenho entre os dois países, sem tiros das FARC.

De volta a Tocumen, hangarei o Colibri sob os cuidados do Pippo e fui para o Hotel aguardando a próxima missão. Durante o dia visitava o Trindade e ajudava a sua preparação no que fosse possível, até nas fainas de “lona e areia” (faxina do barco, para os leigos em pirataria). Durante a noite jantava no Bennigan’s aproveitando a disponibilidade de Internet. Num desses dias descobri uma ferramenta maravilhosa (na época). Era uma tal de “MSN Messenger”. Foi uma revolução comunicativa. Eu podia falar e conversar com minha Sereia , e melhor “vê-la” ao vivo via tela do computador do Bennigan’s.

No dia do jogo das quartas de final da Copa, fui para a Marina Flamenco assistir ao jogo a bordo do Trindade atracado ao cais. Para minha surpresa havia um "Trawler" atracando ao cais, na nossa popa. Os dois iates ficaram próximos popa com popa. Na nossa, já tremulava o “Pavilhão Verde Amarelo”. Ao soar o apito no outro Iate indicando que a primeira espia estava encapelada, vi surgir na popa do recém-chegado uma “Union Jack” (nome da bandeira Britânica). Como manda a tradição naval, fui dar as boas-vindas ao Capitan. Era um típico “Lord Inglês”.

O lord inglês, depois de algum papo, me convidou para batermos uma bola no cais próximos aos barcos. Mesmo sem ser um “Pelé”, topei em nome das boas relações internacionais entre piratas. Ele trouxe uma bola de futebol oficial, novinha, estampada com o Brasão do “english time”. O bate bola começou (sem muita graça e de repente, surgiu como um bólido uma mancha negra que abocanhou a bola, produzindo um furo que imediatamente murchou a bola acabando com a atividade de relações públicas internacionais, entre o “lorde Inglês” e eu. Quando percebi o que havia acontecido gritei :


“ LARGA Capitão ... LARGA” . O Capitão largou a bola e de rabo entre as pernas, voltou para o Iate.

O “Capitão” era o cão, labrador negro, do Comandante do Trindade, que morava a bordo.

“My sincere apologies, Commander....I will provide a new ball.... Sorry!”

Disse constrangido para o “Lorde Inglês”, vizinho de popa. Nos despedimos e cada um foi para sua popa assistir à partida de quartas de final da Copa. Brasil X Inglaterra.

Aos 23 minutos de jogo “Gooolllllll”. Era o grito do “lorde” na popa contrária, pulando e acenando com uma bandeirinha inglesa (não a Union Jack britânica). Aplaudi educadamente a distância, o gol do Michael Owen.

O jogo chegou ao final do primeiro tempo e antes do apito final: “GooooLLL de RRRivaaaldo”.Era o meu grito abraçando a grande bandeira brasileira hasteada na popa. Foi aos 2 minutos dos acréscimos. O Lorde vizinho me cumprimentou a distância.

O jogo recomeçou e aos 5 minutos do segundo tempo. Ronaldinho Gaúcho fez uma mágica cobrando falta na “gaveta direita” do “Seaman” (marinheiro, em português), goleiro inglês na partida. Goooolllllll. Não vi mais o Lorde vizinho. O jogo acabou 40 minutos depois, e o Brasil estava na semifinal.

No dia seguinte meu telefone tocou :

“Parabéns, pirata, como vão as coisas por aí?”. Era o Patrão me cumprimentando pelo meu aniversário e querendo saber o resultado das minhas investigações aéreas.

Agradeci o cumprimento e passei o resultado das minhas avaliações sobre Coíba, Boca del Toro e San Blas.

 “Ok, faremos uma pescaria em Coíba no próximo fim de semana, depois o Trindade atravessa o Canal e vai para Boca del Toro. Passaremos uns dias por lá. Depois disso se quiser ir para casa pode ir. Deixa o Colibri aí. Tire umas férias e regresse em agosto.”. Essas foram as ordens do Patrão.

“Chefe, .... o Senhor quando vier, pode me trazer uma bola de futebol “brasileira, verde e amarela”, se for possível? Estou devendo para um gringo... inglês”. Pedi a ele.

“ Deixa comigo “ . Respondeu sorrindo ao telefone e desligou.

As pescarias continuaram ocorrendo sem grandes novidades. O Brasil bateu novamente a Turquia, na semifinal ( 1 X 0 ). A bola com gomos verdes e amarelos de propaganda da “AmBev” patrocinadora da seleção, foi entregue ao Lorde Inglês que não aceitou bater uma bola comigo no cais, no dia da final entre Brasil e Alemanha. Interpretei que fosse por culpa da Alemanha (eles não se entendem muito bem).

Brasil 2X 0 Alemanha. Brasil Penta Campeão. A comemoração no Panamá foi como se fosse no Brasil. Eles adoravam os jogadores brasileiros Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo. Me senti em casa na comemoração, mas comprei uma passagem Panamá – São Paulo, para comemorar com a minha Sereia Pi. Era bom voltar para a minha casa de verdade.

No final de julho recebo novas ordens :

“Pirata, já curtiu as férias em casa né? Agora vamos trabalhar. Preciso de você no Panamá para recepcionar dois "amigos nossos comuns". Não poderei estar lá e você será o anfitrião. Eles querem cruzar o Canal do Panamá no Trindade. Faça o que for preciso. Eles chegarão em agosto em Tocumen. Depois te passo detalhes para você recepcionar o casal Brancante e o casal Janot.”

“Ok ... estarei lá “Respondi e ouvi o “click” desligando o telefone.

Fiquei preocupado, porque a temporada de furacões no Caribe, já havia iniciado, ainda sem grandes danos. O Brancante era o proprietário do Iate Lord Gato, Presidente da Associação de Amigos da Marinha em São Paulo, Presidente do Iate Club de Santos, (base da Nau  Arpoadora do patrão) e meu amigo. Amizade forjada quando exerci a função de Chefe da Polícia Naval do Estado de São Paulo em 1996/7. Já o Janot (Vice-almirante) era o DPC (Diretor de Portos e Costas) até abril daquele ano e proprietário de um Iate estacionado em Fortaleza. A minha “amizade” com o Almirante Janot datava dos tempos que eu como piloto de Lynx embarcava na Fragata União comandada por ele e vai até o ano 2000, quando era Comandante do 8° Distrito Naval em São Paulo. Naquele ano de 2000, pedi transferência para a reserva da Marinha por motivos pessoais, enquanto exercia a função de Superintendente do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo. Naquele dia o Almirante Janot fez questão de fazer a minha despedida no salão nobre do Distrito, onde me presenteou com um quadro, dizendo:


“Este quadro traduz a sua vida na Marinha. Ao fundo, sua cidade natal, São Paulo. Nela, o prédio do 8° Distrito Naval, projetado pelos engenheiros até ontem, seus subordinados no Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo ... e sobre o prédio o mais importante para você: o Super Lynx pilotado por você que inaugurou nosso heliponto em 1998, quando era o comandante do HA-1 (1° Esquadrão de Helicópteros de Ataque da Marinha). Seja feliz Pirata”.

Os dois casais (Janot/Vera Lucia e Brancante/Ana) seriam “nossos amigos comuns ????”. Acho que sim , O patrão estava certo.

Antes de voltar ao Panamá liguei para meu amigo CMG Marinho do COMDABRA, em Brasília. Perguntei a ele se, seria possível pedir a Força Aérea da Colômbia, me autorizar um voo num corredor seguro monitorado por eles, entre Santa Marta na costa do Caribe colombiana e Aruba. Ele prometeu fazer um contato e me avisar da resposta.

Voltei ao Panamá em agosto, a tempo de recepcionar os dois casais amigos. Embarcaram no Trindade, que ganhou uma “máquina de fazer pão” (novidade na época). Curtimos bons passeios. Eles cruzaram o Canal a bordo. Eu fiquei em terra porque o Colibri não podia estar no convés do Trindade durante a travessia por medida de segurança. Tudo correu como planejado na missão social que havia recebido, e os dois casais amigos partiram de Tocumen de volta ao Brasil, no final do mês. Quando liguei para o patrão dando o “pronto” da missão, recebi a seguinte ordem:

“Pirata se prepara para deixar o Panamá. A temporada de furações do Caribe já começou e não é bom deixar o Colibri por aí. O Trindade irá fazer um tour pelo Caribe com uns amigos, sem o Colibri. Você e o Junior voltem pra casa, sem sobrevoo da Colômbia”.

“Chefe se eu encontrar um meio de sobrevoar um “pouquinho” da Colômbia, com segurança das Forças Armadas da Colômbia, o senhor me autoriza?”

“O QUE você está armando”? Ele perguntou.

“por enquanto... nada, mas se o senhor autorizar pode ser”.

“Autorizo ... me mantenha informado”,

Iniciei o planejamento da “ volta pra casa ”.

Depois de um dia de contatos telefônicos com o Marinho em Brasília, recebi o que aguardava: 

“Barreira, a Força Aérea da Colômbia te autorizou um voo direto do Aeroporto Internacional Simon Bolivar, em Santa Marta, para Aruba voando com código transponder militar pré setado. Deverá voar a 500 pés monitorado. Não deverá adentrar ao território Venezuelano quando se aproximar do Golfo Venezuelano próximo a região do “Saco de Maracaibo. É uma área de litígio internacional entre os dois países e mantenha atenção na frequência militar que será passada oportunamente”. Foram as palavras do Marinho.

“YYÉÉÉééSSSS !!!”. Respondi . “Obrigado Mano”. Completei.

O Regresso se iniciou em 11 de setembro (aniversário do atentado em New York no ano anterior) depois que o patrão deu o “OK” dele, nos chamando de malucos de novo.

Depois das despedidas formais e um forte abraço no Pippo, com lágrima nos olhos. Junior e eu decolamos de Tocumen num dia lindo, com destino a “Corazon de Jesus” em San Blas, cumprido o corredor visual que havia traçado no meu GPS meses antes. No bagageiro, galões cheios de QAV, para um abastecimento manual na área de San Blas. Foi um voo tranquilo de 45 minutos. Pousamos em Corazon de Jesus e “atijolamos” o Colibri de QAV manualmente. Decolamos para a pernada de 2 horas e 40 minutos, sobre o mar do Caribe, com alternativa de pouso em Barranquilla, caso o combustível não fosse suficiente para chegar a Santa Marta. Acredito que o combustível abastecido em “Corazon de Jesus” estava “ bento”.

( Eu fiz o meu 1°ano primário no "Liceu Coração de Jesus" de São Paulo em 1961, quando aos 7 anos de idade, ganhei a minha primeira medalha da vida . Naquela época fui bem colocado na turma . Hoje  a uso como "chaveiro talismã ", acho que isso ajudou ) .

Acredito que ele nos permitiu chegar a Santa Marta sem vento naquele horário da manhã. Fizemos um rápido briefing com um oficial da Força Aérea da Colômbia, que me passou detalhes, frequência e código transponder, para o voo que iria cumprir a seguir. “Atijolamos”, de novo o bravo Colibri.

Decolamos para mais um voo de 2 horas e 40 minutos (agora sem alternativa.... era chegar ..ou cair no mar com pane seca). Ao entrar na região desértica cheia de pedregulhos de Riohacha, deixando o “Saco de Maracaibo” a direita começamos a pular por efeito das térmicas do solo desértico. Isso consumiria mais combustível . Me preocupei. Procurei uma altitude de voo mais confortável e econômica usando menos torque. O sacolejo era interminável. Atingi o litoral. Senti um alívio ao ver o mar do Caribe. Não durou muito meu alívio. Sobre o mar encontrei um velho conhecido, o vento leste do Caribe. Me preocupei ainda mais. Pelo rádio agradeci aos militares colombianos e me despedi. Agora seríamos só eu, o Junior, e o Colibri e o combustível de Santa Marta, o de Corazon de Jesus “bento”, já tinha sido usado. Pedi mentalmente que “Netuno”, conversasse com a Santa Marta sobre o nosso combustível. Fazia cálculos frenéticos olhando o “fuel Indicator” cruzando informações com o tempo de voo estimado para pouso, no GPS . Ao mesmo tempo buscava ver o perfil da baixa ilha de Aruba, no horizonte marítimo, meio encapelado. A ansiedade começava a tomar conta e me perguntava se Netuno havia conversado com Santa Marta. Aos 15 minutos para pouso eu estava há 24 milhas de Aruba sem a ilha no visual com vento contra. Relaxei. Acendi um cigarro e com calma perguntei ao Companheiro Junior ao meu lado :

“Está preparado para pouso na água e abandono da aeronave?”

“Claro! não foi pra isso que fizemos o curso de UTEPAS (Unidade de Treinamento de Escape de Aeronave Submersa) na Base em São Pedro da Aldeia?” Foi a resposta dele. 

Era verdade. Eu havia exigido que todos os tripulantes e familiares do patrão fizessem o curso de UTEPAS no CIAAN (Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval), antes de aceitar operar nos iates dele. Ele obrigou a todos a cumprirem o treinamento. Satisfeito com isso, dei um profundo trago no cigarro, como se fosse o último. Apurei os olhos no horizonte e notei Aruba brotando do mar. Joguei o cigarro pela janela. Olhei o GPS que acusava 6 minutos para pouso e a luz da bruxa não estava acesa no painel. Afoito chamei no rádio:

“Aruba ... PP-MOE ... from Santa Marta, Colombia ... visual to Aruba ... 500 feet ... 90 knots ...

QDM 258 ... 5 minutes to land”.

“PP-MOE... Aruba...Good afternoon... Aruba operates visual...with calm wind... notify in final

for approach to helipad...welcome to Oranjestad”. Respondeu a torre com simpatia.

“Vento calmo????” Reparei que o vento havia cessado. Pensei: “Acho que Netuno finalmente conversou com Santa Marta”. A “luz da bruxa” acendeu no painel de alarme, quando transmiti:

“Aruba ... PP-MOE ... in final... Thanks...”

Pousamos. Deixamos o Colibri hangarado e fomos para o paraíso de “Flamingo Beach” do Renaissance Resort, encher a cara agradecendo a Netuno, Santa Marta, Corazon de Jesus, ao Marinho e a Força Aérea Colombiana. Junior e eu brindamos a um aniversário de 11 de setembro sem tragédias.

Passamos 2 dias em Aruba refazendo as emoções. Regressamos pela mesma rota, da vinda. Já era um “caminho da roça (ou da praia)” conhecido. Em Paramaribo só paguei 100 dólares ao "flanelinha aéreo" , estava na promoção e já era cliente "frequente". Em Macapá não precisei fazer importação temporária.

Em Brasília , agradeci ao Marinho que não sabíamos, mas em 2006, começaria a fazer parte da “equipe de Piratas do Patrão”, quando passou para a Reserva da Marinha.

Deixei o Companheiro Junior em Cabo Frio e voei pra casa no Guarujá, onde a minha Sereia Pi me esperava, como sempre. A beijei e a abracei forte.


 Peguei o celular e fiz uma ligação

“Chefe ... Colibri em casa. Missão cumprida”.

“Vocês são malucos. Sejam benvindos. ... Você sabe que o Trindade foi colhido pelo “furacão Lili” lá no Caribe e está todo arrebentado ?... mas a tripulação está bem ”


Eu não sabia. Provavelmente ele não abasteceu em “Corazon de Jesus” quando esteve em San Blas.


              The End

    Homenagem Póstuma  ao " Excepcional Pirata do Bem "

Carlos Brancante ....um grande "amante " da Marinha do Brasil

                               meu amigo



Agradecimento especial ao

Comandante Eduardo Baruffi Valente

Meu amigo de muitos anos , filho de oficial da FAB , colega do meu pai na FAB . Colega de curso preparatório do Almirante Werneck em São Paulo, meu Companheiro e Sócio  de operações náuticas na Amazônia, meu colega de CAAVO ( Curso de Aperfeiçoamento de Aviação para Oficiais) , pirata alado colega de aventuras no HA-1 (1° Esquadrão de Helicópteros de Ataque ) meu vizinho de condomínio Nau da Barra, e finalmente agora , meu crítico literário e supervisor das minhas histórias publicadas  (quem não gostar delas ..... reclama com ele )

Obrigado, por tudo ,  meu amigo " Camelão "



Homenagem a todos Piratas da TURMA CONDE 


..................e suas SEREIAS , companheiras constantes desse bando de Piratas do Bem




                                  Parabéns  

 ATAC -Associação da Turma Aspirante Conde 



Com um grande abraço e beijo à todos Piratas e Sereias ATACantes 

 Pirata Alado e Sereia PI


CORREÇÂO :

Eu errei. Por uma questão de justiça , agradeço ao meu amigo Lince companheiro , meu ex -chefe de manutenção, leitor atento das minhas his/estórias,  CMG Companhoni, sobre um erro imperdoável que cometi, trocando os nomes de "santas". Traído pela minha memória (já cansada e falha) troquei o nome da localidade na Colômbia de "Santa Marta " para  "Santa Maria". Já providenciei a correção e a todos peço desculpas pelo erro que cometi.

Valeu meu amigo pirata alado Companhoni  

8 comentários:

  1. Obrigado por mais uma aventura. Quando conversando, falávamos do quanto apreciávamos viajar, eu não tinha noção de como uma viagem poderia ser tão emocionante. Parabéns pirata!!

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    1. Meu amigo Paulinho
      Considero que ser oficial de Marinha é um privilégio ... nos proporcionado pelos "Deuses do Universo". A "Marinha" foi a ferramenta que os "Deuses" nos cederam para trabalharmos. Aventuras serem emocionantes ! ... só dependem das "atitudes" que construímos com a ferramenta que temos. Cada profissional a usa como melhor lhe convém. Os resultados , nós todos avaliamos agora . 50 anos depois.
      Forte abraço.

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  2. Parabéns amigo Barreira. Mais um importante capítulo de sua vida de "Pirata Alado". Meu abraço, Athayde

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    1. Caro Pirata de histórias francesas
      Obrigado pelo comentário neste post comemorativo de 50 anos da minha turma de piratas.
      Assim a gente vai registrando memórias ... tal qual seu organizado álbum de fotos.
      obrigado
      forte abraço

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  3. Caro Pirata, como sempre, impossível dar um brake na leitura antes de chegar ao fim. Também suei frio ao ler o trecho da perna Santa Maria x Aruba. Que sufoco hein... Um abraço!

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    1. Grande Pirata Compa.
      Bom falar contigo e ver que acompanha as nossas aventuras. A pernada Santa Maria X Aruba foi realmente um grande sufoco. As vezes o arroubo dos aventureiros pode dar errado quando um planejamento cheio de variáveis, não funciona como previsto. Essa foi a lição que aprendi. Nunca havia voado antes sobre uma área desértica. O calor nessas áreas causam muitas térmicas com consequente turbulência causando maior consumo de combustível .... pior ainda com vento contra. Não há planejamento que resista as forças da natureza. É sempre bom ter um "talismã" a bordo ....kkk
      Valeu.
      Forte abraço

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  4. Amigo pirata, suas estórias estão cada vez melhores...me imaginei em cada situação! Mas não sei até hj, como minha amiga sereia não infartou! Rsss

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    1. Caro(a) Unknown
      Obrigado pelo elogio as minhas estórias. Quanto a sua amiga sereia não infartar é porque , pirata que é pirata .... trata sua sereia com carinho, conforto e "ervas raras" colhidas pelos mares vida. Esse é o "segredo" dos verdadeiros pirata (mas não conta pra ninguém ...senão vai fazer fila querendo entrar na escola de pirataria )
      Um beijo se for "A" Unknown.... e um abraço se for "O" Unknown.... qualquer das 2 opções , é bom tomar cuidado com o gancho da mão esquerda.

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Estou tentando regularizar "os comentários postados"
Solicito que os comentários tenham identificação no próprio texto.
Obrigado.👍👍
Pirata Alado