quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Pirata... e os " japoneses "



Amigos da pirataria alada ... meu cordial こんにちは -Kon'nichiwa (olá em japonês)
Hoje , depois de uma noite mal dormida acordei com a barulheira de um caminhão velho, coletor de lixo . Assustado , corri até a janela e vi o veículo  soltando fumaça , prestando serviço a Prefeitura com seus funcionários numa correria ao lado do caminhão , pegando os sacos de lixo , deixados na madruga sobre a caçada ( já que não há lixeiras apropriadas disponibilizadas pela própria Prefeitura). A maioria dos sacos plásticos , já haviam sido abertos por moradores de rua em busca de latinhas , que renderiam alguns centavos em empresas de reciclagem. Era uma cena triste . Por algum motivo , me perguntei calado :
- Será que no Japão, a coleta de lixo é semelhante a essa aqui no Brasil ?
Por que imaginei essa comparação do Brasil com , particularmente , Japão ?  Não sei ! Talvez porque eu não conheça o Japão. Os outros de “primeiro mundo”  eu conheço e não são assim ... mas e o Japão ?  Fui pesquisar .
Na internet , Japão assim é descrito :
O Japão, país insular no Oceano Pacífico, tem cidades densas, palácios imperiais, parques nacionais montanhosos e milhares de santuários e templos. Os trens-bala Shinkansen conectam as principais ilhas: Kyushu (com as praias subtropicais de Okinawa), Honshu (onde ficam Tóquio e a sede do memorial da bomba atômica de Hiroshima) e Hokkaido (famosa como destino para a prática de esqui). Tóquio, a capital, é conhecida por seus arranha-céus e lojas e pela cultura pop. ― Google

Não falava nada sobre a coleta de lixo , e eu também não queria mais saber. O caminhão soltando fumaça já havia ido embora , deixando parte do lixo espalhado na calçada diminuindo o barulho. Tomei um cafezinho , acendi um cigarrinho e fiquei observando o mar da minha janela , num dia ensolarado e pensando nos imigrantes que trocaram o Japão , pelo Brasil , em tempos mais difíceis por lá.

Me lembrei do meu relacionamento com alguns descendentes destes imigrantes e suas famílias.

Meu primeiro contato com os japoneses  foi  , quando ainda criança, com a família Kanayma, chegada ao Brasil em 1953, imigrantes do pós Segunda Guerra. Eles eram agricultores vizinhos do sítio do meu pai em Pilar do Sul , e produziam uvas de excelente qualidade. Na época da colheita , ofereciam ao vizinho brasileiro algumas caixas de uva , como demonstração da boa vizinhança. Meu pai aprendia muitas coisas com o Velho Kanayma , sobre agricultura além dos hábitos japoneses e acabaram se tornando amigos... e eu adorava as uvas. O tempo passou e a amizade entre os dois foi transferida para o céu. Os sítios dos dois vizinhos em Pilar do Sul , se tornaram “loteamentos “ não resistindo ao “boom imobiliário” que assola o país.
Durante a minha adolescência, quando cursava o ginásio, no IEDOM (Instituto de Educação Dr Otavio Mendes ) que era um colégio estadual em São Paulo, no bairro de Santana, fiz amizade com um exótico” meio” japonês ... o Wilson Masako. Meio japonês , porque ele era "hafu", ou seja , pai japonês e mãe afro-brasileira. Assim sendo o Wilson herdou a disciplina do pai e o gingado da mãe.

Como o Wilson dominava um batuque legal , num “tamborzinho “, resolvi convencê-lo a formar uma dupla comigo , para nos apresentarmos. Ele topou , em nome , da nossa amizade . Havia um pequeno problema na nossa dupla : Eu ... não tocava nem ... “campainha de residência “,

Em 1965 , uma dupla fazia sucesso nas rádios . Leno e Lilian, cantavam “Pobre Menina “.

   https://www.youtube.com/watch?v=f7HVJfbENEw

No arranjo da música havia uma “batidinha” com um pandeiro  (daqueles sem tampa) ,,, do tipo “tcham .. tcham”. Essa seria a minha função musical na dupla , além é claro do “vocal” juntamente com o Wilson . ( a humildade não me permite falar do sucesso estrondoso da nossa apresentação 😇 ).

O tempo passou , perdi contato com meu amigo , meio japonês , mas guardo deliciosas lembranças da convivência com a família do Wilson.

Em 1970, resolvi estudar para entrar na Marinha e para tal , meu pai me matriculou no curso Almirante Werneck, em São Paulo. Nas primeiras aulas conheci um outro “meio japonês “; o Vagner Leão Taketani. Este era filho do seu Sadao Taketani  executivo da “FIAT LUX” e da dona Amélia Leão ( costureira das Damas da Elite Paulistana ).Nos tornamos amigos inseparáveis e passamos a estudar juntos , dia e noite .

A dedicação aos estudos era total , a ponto dos meus pais duvidarem da minha dedicação , uma vez que passava mais tempo na casa do Taketani ,do que na minha casa. O único momento de descanso que nos permitíamos , era no horário das novelas, pegar o GALAXI , do seu Sadao e darmos um “rolé” na rua Augusta a bordo do GALAXI , só pra descontrair. As vezes “algumas pilotas dos outros veículos” no sentido contrário da Augusta tinham seus olhares captados pelo GALAXI , cor de vinho, conduzido pela dupla “nipo -brasileira”  de garotos . Era divertido.

O concurso para o Colégio Naval chegou. As provas de Matemática, Português e História / Geografia foram programadas para três dias na “icônica” Escola Estadual Caetano de Campos”, no centro de São Paulo.

A Escola Estadual Caetano de Campos é uma escola pública estadual na cidade de São Paulo fundada no ano de 1846, inicialmente em um prédio contíguo à Catedral da Sé, a escola chegou a ser extinta duas vezes e mudou também de prédio. Em 1875 instalou-se junto à Escola de Direito do Largo São Francisco e posteriormente foi transferida para a rua da Boa Morte, permanecendo até 1894 quando foi para a Praça da República onde ficou até 1977.

O concurso  começou no Brasil inteiro , com uma quantidade muito grande de candidatos que concorriam a cerca de 150 vagas. Começaram as provas pela Matemática ( a mais exigente) no mesmo dia e horário evitando qualquer tipo de fraude. Era assim que o Brasil funcionava em 1970 sob regime democrático controlado por Presidentes Militares,  pertencentes a um dos dois partidos existentes (ARENA, da situação e MDB da oposição) , que eram eleitos de forma indireta , ou seja , pelos representantes do povo ( deputados) que eram eleitos por votação direta. Os eleitores tinham o direito de votarem , se quisessem,  nos seus representantes( semelhante ao que ocorre  até hoje na maior democracia do mundo , os Estados Unidos da América). Não eram “obrigados “ a votarem, como o “direito brasileiro” de hoje “ que obriga “, o eleitor a votar ( segundo a “Constituição Cidadã”, promulgada em  1988, pelo Presidente da República , eleito indiretamente pelo“ MDB “, partido de oposição ).

Depois de 4 horas de realização da primeira prova sobraram apenas alguns poucos candidatos. Meu amigo Taketani e eu, éramos dois desses poucos que se encontraram na calçada da Praça da República , quando o último dos candidatos , um japonês , saiu da sala e veio ao nosso encontro.

- Meu nome Stuguo Sunahara, sou de Paraná...né!  ... vamos conferir algumas questões?

Depois das apresentações e cumprimentos formais , passamos a conferir as nossas respostas , relativas as questões da prova aplicada . Depois de um longo tempo de conferência , o Taketani expos o pensamento que àquela altura era comum entre nós três :

- Uma coisa é certa ... ou nós três tiramos boas notas nessa prova eliminatória , ou ...nós três nos ferramos !!!

Nas outras provas percebemos que a quantidade de candidatos havia diminuído e as nossas conferencias após o fim da prova mostravam resultados semelhantes.

No final das provas uma coisa me parecia inquestionável : “havíamos nos tornado... bons amigos “ ( eu ... e os dois japoneses ).


A lista de aprovados foi publicada no jornal “ Estadão “ de São Paulo no final do ano . Entre os aprovados na parte teórica do concurso , constavam os nossos nomes (bem classificados). Restava o exame médico físico , além do psicotécnico. Estes seriam realizados em Angra dos Reis ( cidade de difícil acesso , em 1971, para os aprovados em São Paulo), sede do Colégio Naval. Para tanto a Marinha cedeu um ônibus do Colégio Naval, que nos transportaria de São Paulo até Angra dos Reis. Foi uma viagem histórica para todos os candidatos aprovados na teoria em São Paulo. 


Descobrimos depois que o apelido do ônibus que nos transportou era “GELEIA” ( acredito que a razão do apelido seriam as condições mecânicas do antigo e rodado  , meio rodoviário oferecido. Admiti que;...a prioridade da Marinha , eram embarcações !
 Meios de transporte terrestre...eram prioridade do Exército !).  

Partimos de São Paulo alegres com despedida de familiares orgulhosos. Seria a primeira oportunidade daqueles “adolescentes” se tornarem “homens” , num ambiente onde ouvi alguém se referir como : “ é o lugar onde o filho chora ... e a mãe não vê “.( pensamento um tanto radical ... mas não distante da realidade ).

A primeira parada (não planejada) , ainda na Dutra, foi causada por um aquecimento no radiador , que obrigou uma espera de manutenção resolvida pelo “marujo” motorista que nos acalmou : 

- Agora não vai mais ferver . Vamos começar a descer a Serra ... é só soltar na “banguela” que refresca o motor. Pra baixo... todos os Santos ajudam...garotada !!!

Ficamos tranquilos . Afinal era um cara da MARINHA . Nós estávamos tentando uma coisa difícil , que ele já tinha conseguido : entrar para a Marinha. Só fiquei meio preocupado  com as condições do freio da... GELEIA ! ... mas isso seria problema pra depois ....Começamos a descida da Serra pela estradinha cheia de curvas de mão dupla que liga Barra Mansa a Angra dos Reis. Chegamos a Lídice (na RJ-155).

 O marujo motorista parou em frente  a um “boteco “ de beira da estrada e anunciou :

- Ok garotada ! vamos fazer uma parada para resfriar os freios . Podem comer alguma coisa no boteco. Meia hora de parada ! Aproveitem para beber alguma coisa. 

Eu e o Sunahara descemos para beber um refrigerante !


Nos anos 70 havia um refrigerante chamado “CEREJINHA” . Era uma garrafinha de vidro escuro e “gordinha”, semelhante ao recipiente da cerveja mais vendida na época , a “ BRAHMA CHOPP barrigudinha” .

No boteco pouco iluminado, eu pedi uma Coca-Cola . O Sunahara pediu  ( com seu sotaque japonês) ao homem do outro lado balcão:


-Boa tarde. Por favor uma “CEREVEJINHA”.



Sem falar nada , o dono do bar trouxe as garrafinhas e nos serviu em copos simples de bar , enquanto Sunahara e eu brindamos a viagem que chegava ao fim naquele fim de tarde que já escurecia.
 Dei um belo gole na minha Coca Cola e o Sunahara no que seria a sua deliciosa CEREJINHA ... não era !!!...
Era uma cervejinha BRAHMA Chopp...de embalagem semelhante.
 Ao sentir o gosto ...meu amigo japonês se revoltou .
Depois de algum debate , sobre o “mal-entendido”...tudo se resolveu .

Chegamos à noite no Colégio Naval e fomos alojados .

No dia seguinte , iniciamos os testes . Numa das salas de aula , sentei próximo ao Sunahara.
 Num dos testes , nos era solicitado desenhar “uma mulher “. Desenhei a mulher , de forma simples e caricata com traços rápidos. Ao terminar dei uma olhada no desenho do Sunahara ! Fiquei pasmo ! A “mulher dele” ... andava numa praia , de biquíni , com cabelos esvoaçantes ...levantando a água com movimentos precisos. Fiquei preocupado ! A “mulher dele” era uma obra de arte... e a” minha mulher “ era um rascunho de criança de jardim e infância . Pensei :

- Se o nível técnico exigido para entrar pra MARINHA é esse ...acho que serei reprovado !

Não fui. Nós três amigos , Sunahara , Taketani e eu , fomos aprovados tanto no psicotécnico e nos testes físicos.

Em 1971 , a Marinha do Brasil divulgou a lista dos aprovados por classificação para iniciarem suas vidas com o número de identificação ( NIP) que nos acompanharia por toda nossa vida .



Em 1976 nos formamos  Guardas Marinha ,na Escola Naval no Rio de Janeiro fazendo parte da Turma Aspirante Conde. No ano seguinte  fizemos a viagem de instrução a bordo do Navio Escola Custódio de Mello. e nos formamos Oficiais de Marinha.
Na Marinha , passados mais de 30 anos na ativa , nos tornamos conhecidos como :

Comandante ( engenheiro naval ) SUNAHARA
Comandante (eletrônico ) TAKETANI
Comandante (aviador naval) BARREIRA 

Hoje, como Veterano Pirata Alado (metido a “blogueiro amador”), gostaria de reverenciar , tanto o Japão e sua milenar cultura , assim como toda colônia japonesa que imigrou para o Brasil  , representada pelos meus amigos brasileiros , descendentes dessa cultura oriental.
Meu carinhoso Arigatô .

Aos Kanaymas : Obrigado pela amizade e ensinamentos agrícolas ao meu Pai . ...e pelas uvas deliciosas que desfrutei.
Aos Masakos pais e ao filho, meu amigo Wilson, parceiro de dupla e colega de tempos adolescentes... seja lá por onde andam !



Aos Taketanis ... 
eterno agradecimento por terem me acolhido como , quase , um membro da família. Particularmente ao Vagner , meu irmão por opção, ... que siga em paz na  "Alpha Crucis" onde , todos os meus queridos , acredito estarem nos observando, quando nos deixam.








Aos Sunaharas... 
na pessoa do meu amigo Stuguo, ... o meu respeito, admiração e carinho por tudo.




Finalizando e comemorando  no dia 7 de setembro de 2024 , os 202 anos da Independência do Brasil , publico abaixo uma obra de arte produzida pelo Aluno Sunahara do segundo ano escolar do Colégio Naval em 1972, que reproduz o “histórico” desfile comemorativo dos 150 anos do “grito de Independência “ proferido por nosso antigo Imperador Pedro I , às margens do Ipiranga , em São Paulo.


Naquele longínquo 1972  , eu e meus amigos japoneses , desfilamos garbosamente por toda Avenida Paulista , empunhando pesados fuzis sob aplausos esfuziante de todos , representando orgulhosamente o Colégio Naval , da Marinha do Brasil !!!



Tim ... Tim ... aos "Nipos -Brasileiros "



TURMA de paulistanos que participaram da
Histórica viagem da GELEIA





14 comentários:

  1. Caro amigo pirata, ler essa postagem me fez voltar no tempo e um mix de emoções tomou conta de mim. Obrigado por me fazer lembrar de uma fase de ouro em minha vida na qual grandes e eternas amizades foram criadas. Continue firme em sua nova versão de escritor. 🙌

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    1. Querido Pirata Puro Malte ,conhecido na intimidade com " Santa" .
      Entendo seu mix de emoções porque assim escrevi também.
      Você participou disso tudo , como amigo e testemunha dos fatos.
      Você com irmão por opção, só não foi citado porque não é .. nipônico..kkk.
      Obrigado pelo comentário e pela dica de contato da nossa querida amiga comum Taketani.
      Beijunda Santa

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  2. Fiquei emocionada com seu relato e com a homenagem aos Taketani! Espero que ele possa sentir essa energia onde estiver. E não é que esse nosso amigo está se saindo lindamente como escritor.

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    1. Querida Nina.
      Desculpe pela minha falta social de não ter o seu contato antes.( coisa de Pirata relapso ).
      Agradeço seu comentário e tenha certeza que a família Taketani mora eternamente no meu coração. Não tenha dúvida que converso nas noites estreladas com a turma da ACRUX... o Vagner está sentindo tudo de todos ...inclusive o seu amor.
      Fique bem
      Um beijo do seu amigo Pirata Alado...( metido a contador de estórias)

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  3. Como diria meu pai: fabulosa publicação! Tenho muito orgulho de "dividir" com vocês esse escritor...SEREIA

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    1. Querida seguidora SEREIA de todos os mares ( e ares).
      Como " rapá de tacho" do meu Guru Mestre Adriano , não poderia esperar outra avaliação sobre minha ,humilde,publicação.
      No entanto , quando ao seu orgulho de "dividir" com outros(as)...esse "escritor" não me parece ser um ... " bom procedimento ".
      Este Pirata , não compartilha..não vende... não troca...não empresta...e nem deixa tirar XEROX...dessa SEREIA comentarista... 😠
      Obrigado pelo comentário...( mesmo que suspeito).
      Te amo ❤️...( mesmo sendo Pirata ☠️)

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  4. Crônicas comentando a breve passagem dos Piratas Teimosos (os impacientes não aguentaram o tranco e desistiram) no Colégio Inicial da Pirataria me lembram vários episódios digamos pitorescos naquela importante fase de um adolescente. Impossivel não nos lembrarmos, isso tbm dá pra escrever um livro. Felizes os Piratas que por lá passaram. Temo que aquele Colégio desapareça em breve, por questões políticas, o que seria uma pena. Um abração (sem gancho!)!

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    1. Meu querido Pirata Alado Compa.
      Como sempre , obrigado por ( mais um) comentário pertinente.
      A fase "adolescente " é desafiadora para todo ser humano. A " carreira de pirata"...exige nesta fase desafios diferenciados . O Colégio de Piratas da Enseada Batista das Neves é ( até hoje) uma prova disso. Felizes daqueles que viveram essa experiência.
      Seria uma grande " perda social " a adesativação dessa casa de cidadania oferecida a todos adolescentes que pretendem " passar de fase" no jogo da vida para depois fazerem suas opções profissionais ,com bagagens que os tornam " diferenciados ", no concorrido mercado de trabalho. Seja lá qual for a opção do jovem lá formado.
      Fraterno abraço meu amigo ( ex CN)...sem gancho ( essa ferramenta , as vezes pode machucar ).

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  5. Caro amigo Barreira, o Pirata Alado
    Outra crônica maravilhosa, que só você, com seu dom literário, consegue narrar. Fiquei contente em saber que o Taketani (que Deus o tenha na eternidade) era seu grande amigo. Quando eu, já CMG, fui o Chefe da M-10, Organização da Esquadra, meu Ajudante direto era o CF Taketani. Aí o conhecí pela primeira vez. Excelente pessoa grande e eficiente Oficial e auxiliar. Além disso, grande amigo. Fiquei muito triste quando soube de seu falecimento, anos atrás. Mais uma vez meus parabéns por mais esse "escrito". Meu abraço
    Athayde

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    1. Grande amigo Athayde... de tantas boas recordações francesas.
      O Vagner Taketani , talvez tenha sido o meu primeiro " irmão por opção ". A família dele me acolheu num período de incertezas profissionais na minha vida . Eu queria ser piloto...o irmão dele ( Vanderlei Taketani ) que você deve conhecer , era cadete da FAB . Em 1970, ele se formou e me influenciou muito para que eu tentasse anos depois me tornar Aviador Naval.
      Em fevereiro de 1974, o Vanderlei Taketani , como um dos pilotos de UH-1H da FAB, se tornou um dos " heróis de fato" que resgataram várias pessoas do topo , do famoso prédio Joema totalmente em chamas. (este ano , a FAB, relembra 50 anos daquela tragédia) .Muitos anos depois (2001) nos encontramos na aviação executiva, quando ele , mais uma vez, me ajudou a entender como me portar nessa nova atividade.
      Me sinto honrado e agradecido por ter convivido e influenciado por esta família de caracteristica cultural nipônica. Daí minha humilde homenagem.
      Valeu pelo comentário meu " também irmão por opção " Athayde , com asas ( da FAB e da MB) no coração .
      Fraterno abraço.

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  6. Grande Barreira,
    Obrigado por mais uma brilhante narrativa.
    Você está se tornando o Mago do Tempo.
    Enquanto estava mergulhado no seu texto, voltei no tempo, revivendo, envolto em saudosas memórias, o esforço que fizemos, alguns apoiados pelo saudoso almirante Werneck (já octagenário na ocasião), para sermos aprovados nas rigorosas provas de conhecimentos do concurso de admissão ao Colégio Naval e os fatos que se seguiram após nossa vitória nesta primeira contenda.
    O resto é história: muito esforço e muita dedicação. Vários caminhos. Muita resiliência. Camaradas gentis. Irmãos para toda vida. Tristes perdas. Lamentos pelas derrotas dos amigos e alegrias pela vitórias. Enfim, amor e honra por termos tido o privilégio de servir, cada um dentro de sua especialidade, à Marinha do Brasil.
    Finalizando, volto a agradecer suas palavras, com um turbilhão de gratas lembranças e merecidas homenagens, com meu forte abraço e minhas saudações marinheiras.
    Maurillo

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  7. Meu querido amigo, também irmão por opção Maurillo.
    O tempo corre célere e a memória ainda teima em me lembrar de fatos que marcaram a nossa corrida , enquanto adolescentes, para atingirmos o que somos hoje.
    Sou um cara feliz e orgulhoso. Acredito que você compartilhe o mesmo sentimento.
    Obrigado pelo seu comentário, que muito me envaidece. ( coisa de amigos formados nas Escolas de Piratas do bem )... mas " Mago do Tempo" ...aí é demais 😂
    Fique bem e curta a vida.
    Fraterno abraço até a próxima .
    Saudações Marinheiras ☠️

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  8. Meu caríssimo
    Seu texto me trouxe a memória boas lembranças... Especialmente nessa fase do concurso....e de grandes amigos.
    Um abraço saudoso
    Plínio

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    1. Grande Plinião...
      Seu comentário despertou muitas lembranças em mim também.
      Buscando algumas dessas lembranças, fiz contato com o Joaquim Quincas sobre a histórica viagem da GELEIA. Depois de meia hora de papo telefônico ( rindo muito )...recuperamos algumas " joias " daqueles tempos...tipo...: o " Tá Nervoso ". ( um paulista do interior...que perguntava a todos na GELEIA se estávamos nervosos. Resultado... chegou no CN com o apelido de " TÁ NERVOSO "...outorgado pelo Quincas). Infelizmente.. o Tá Nervoso , não passou no psicotécnico não conseguindo sua aprovação final no concurso.
      Outra boa lembrança do Quincas foi sobre as atividades na " NOVACAP ".. em Barra Mansa ...que segundo ele ainda se mantém..." ativa "..
      Obrigado pelo comentário meu caríssimo amigo.
      Fraterno abraço

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Estou tentando regularizar "os comentários postados"
Solicito que os comentários tenham identificação no próprio texto.
Obrigado.👍👍
Pirata Alado